
Vendido por download nas redes do Xbox 360 e do PS3, o jogo, desenvolvido pela experiente Konami, é um arcade bem básico e casual de tiro multidirecional. Trata-se, na verdade, de um spin-off não assumido da série Left 4 Dead, mas com a jogabilidade resgatada de games antigos, como SmashTV e Robotron 2084. Em suma, você passa por fases frenéticas disparando tiros e mais tiros em exércitos de zumbis que simplesmente não param de aparecer.
O jogo começa com uma abertura interessante. Uma música climática que remete ao filme Extermínio e algumas imagens apocalípticas. Após escolher o modo de jogo, você é levado à tela de seleção de personagens/sobreviventes, onde conta com 4 opções: Um médico, uma atleta, um nerd e um militar aposentado. Não há claras diferenças entre eles, sendo a escolha puramente estética. Cada um tem falas e faz gracinhas diferentes ao término de cada fase. Dá pra rir disso. Ao menos no começo.

7 cenários diferentes compõem a jogatina. Temos um aeroporto, um posto de gasolina, um cemitério, um lixão, dentre outros locais. Tais cenários são reciclados direto em cada uma das fases que o jogador tem que encarar, aqui chamadas de dias. Nelas temos que enfrentar hordas de zumbis de vários tipos diferentes: zumbis que vomitam no chão; zumbis que te matam agarrando uma única vez; zumbis que desviam dos seus tiros (Fdps!); vovós zumbis que arremessam facas letais; zumbis grávidas que parem seus filhotinhos, que vêm te atacar, etc. Quando a criatividade dos desenvolvedores acabou, criaram os zumbis radioativos, que nada mais são do que versões mais fortes de todos os zumbis já vistos anteriormente.
Para eliminar seus oponentes, o jogador conta com uma metralhadora padrão, mas pode recolher outras armas no cenário. Temos submetralhadoras, escopetas, lança-chamas, lança-granadas, lança-mísseis e outras. Além delas, cada personagem vem equipado com uma serra elétrica, que pode ser usada contra zumbis em execuções estilosas, que rendem mais pontos, ou simplesmente para abrir caminho em meio à multidão. Temos também, por fim, o toque mais bacana do jogo: o ursinho de pelúcia! Trata-se de um ursinho fofinho e carinhoso recheado de explosivos C-4. Quando arremessado, ele fala coisas bonitinhas como "Qual a sua cor favorita?" ou "Me faça cócegas e terá uma grande surpresa!". Isso fará com que todos os zumbis rumem em direção a ele, o cercando. Até que todos são explodidos. Um bom toque cômico ao jogo, que contrabalanceia toda a sua temática. Para conseguir mais ursinhos, é preciso salvar outros sobreviventes, defendendo-os até a chagada do helicóptero de resgate.

Enfim, eu não recomendo Zombie Apocalypse. Há algumas qualidades nele, e com certeza um multiplayer torna as coisas mais divertidas. Mas mesmo com uns chefes de fase aqui e acolá, a variedade de desafios é baixa e inversamente proporcional à disposição necessária ao jogador para passar por tudo aquilo. Eu até gosto e jogo muitos jogos repetitivos. Mas Zombie Apocalypse é simplesmente uma exacerbação disso.
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