sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Trailer do filme de Tekken: até que parece bom!

Foi liberado um trailer do filme baseado na séries de games de luta Tekken, da Namco Bandai. E, surpreendentemente, o filme parece bom! É claro, isso nada mais deve ser do que uma magia criada pelo trailer, somada às expectativas de todo gamer. Mas assistir à peça abaixo dá uma pontinha de esperança, especialmente para mim, que sempre fico com um pé atrás quando o assunto é adaptação de games para cinema. Só livro a cara de Silent Hill e Doom. E olhe lá! Todos os demais filmes são fracassos totais, infelizmente.

O elenco está bem caracterizado e a história do filme ao menos aparenta ser fiel aos games. Uma pena que há muito pouca publicidade envolvida. É mais fácil ver notícias relacionadas ao medonho filme de King of Fighters.

O filme sai no segundo semestre deste ano e, a princípio, deve ser lançada direto em DVD por aqui, pela Califórina Filmes. Conhece? Nem eu.

Confira mais sobre o filme no site oficial. E assista ao novo trailer a seguir:

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Revelados os vilões de Mega Man 10

Foram divulgadas imagens mostrando os 8 novos robôs vilões do vindouro Mega Man 10. Para quem ainda não sabia, a Capcom está novamente investindo em um Mega Man retrô, a exemplo do Mega Man 9, lançado no ano passado para as redes online dos principais consoles. O jogo novamente contará com gráficos e jogabilidade clássica que imitam o NES, para deleito dos saudosistas. Ao que parece, está dando certo, pois Mega Man 9 vendeu muito bem e teve um custo de desenvolvimento relativamente baixo. Mas não me venham dizendo que foi feito por estagiários ou pela faxineira da empresa, vá...

Mega Man 10 terá 3 personagens jogáveis: o próprio Mega Man, Proto Man e um terceiro ainda não revelado. Haverá também a possibilidade de escolher o nível de dificuldade easy (argh!) e recursos presentes no game anterior retornarão, como a loja de itens e os DLCs (argh! de novo). O lançamento está marcado para março deste ano.

Eis os vilões:

Blade Man:
Chill Man:
Commando Man:
Pump Man:
Nitro Man:
Sheep Man:
Strike Man:
Solar Man:

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Zona Retrogamer: Streets of Rage

Se tem uma série que pode representar muito bem o gênero beat’n up na geração 16 bits, esta série com certeza é Streets of Rage. Este tipo de game acabou se tornando raro após a era 32 bits, devido à transição da jogabilidade 2D para 3D, mas vem aos poucos voltando à moda com jogos lançados nas redes onlines dos consoles atuais, como a Xbox Live e a PSN. Trata-se de outro jogo marcante de minha infância do qual falarei a seguir.

História

Em uma cidade suburbana tipicamente americana, caos impera. O que outrora era um lugar pacífico e cheio de vida acabou tornando-se um antro controlado por uma organização secreta criminosa. Com governo e polícia corrompidos, poucos sobraram para defender a população das mãos desses marginais. Cientes disso, um grupo de agentes policiais junta-se para formar uma força-tarefa, objetivando limpar as ruas. Mas acabam tendo que se virar sozinhos, abandonando o departamento de polícia no qual trabalham, cujos oficiais de mais alto escalão demonstraram ter seu preço pago. Agora, cabe a Axel, Blaze e Adam unir-se contra o sindicato, empregando sua coragem e seus talentos com artes marciais na luta contra a fúria das ruas.

O Jogo

Streets of Rage é um jogo de luta, pertencente a um subgênero hoje conhecido como beat’n up. Tratam-se de jogos em que, para avançar, o jogador deve derrotar diversos inimigos que aparecem pela frente, empregando luta corporal e algumas armas, geralmente recolhidas durante as fases. Outros representantes famosos deste estilo incluem Final Fight, Double Dragon, Capitain Commando e Cadillacs and Dinosaurs, todos jogos marcantes nos fliperamas por aqui, mas especificamente nas décadas de 80/90.

O jogo começa com uma abertura bacana, com música de fundo composta por Yuzo Koshiro, grande artista e compositor de várias trilhas sonoras de games, como The Revenge of Shinobi, Sonic The Hedgehog e ActRaiser. Após a tela título, o jogador (ou jogadores) devem escolher seu personagem dentre três disponíveis. São eles:

Axel Stone: lutador de artes marciais. Equilibrado em força e velocidade, mas com a pior voadora, que na verdade é uma joelhada de curto alcance;

Blaze Fielding: lutadora de judô. Sua característica é ser ágil, com pouca força física mas boas manobras de arremesso.

Adam Hunter: boxeador. O mais forte dos três, mas também o mais lento. Mesmo assim costuma ser considerado o melhor lutador.

As oito fases que compõem Streets of Rage se passam em cenários como becos, ruas escuras, pontes, uma fábrica abandonada e até mesmo uma cobertura de luxo (irrealmente grande, diga-se de passagem). Elas progridem no famoso sidescrolling 2D com os inimigos aparecendo no cenário e confrontando os jogadores. São marginais, prostitutas, lutadores marciais e diversas outras figuras. Eles sempre aparecem de fora da tela e fazem aquele vai e vém irritante dos jogos deste tipo, retirando-se estrategicamente da tela e indo para aquele limbo onde o jogador não pode segui-lo. Falem a verdade, isso não era chato?

Cada fase possui um chefe, com exceção da penúltima, que é uma tradicional fase de elevador. Tais chefes são maiores em tamanho que os demais (eles devem tomar anabolizantes, sei lá) e mais difíceis de derrotar. Também são os únicos em que se é visível o medidor de vida. Temos um grandalhão que arremessa um bumerangue, outro com garras, outro que lembra o Rambo, um balofo que cospe fogo e uma dupla de clones da Blaze. Na última fase, tem-se um repeteco e todos esses chefes aparecem novamente. No fim, Mr. X, o chefão final do sindicato, que luta com uma metralhadora de gângster.

A jogabilidade consiste em bater nos adversários com socos, voadoras e arremessos. Todos os personagens têm um movimento de arremesso que joga os inimigos para trás do personagem do jogador, útil para despachá-los na fase do elevador. Também podem dar o que na minha época lá na rua era chamado de “pilão”: um arremesso por trás dos inimigos em que suas cabeças são lançadas contra o chão. O porquê desse nome de café em pó, não me perguntem! Por fim, outra característica de jogos da época era o que eu chamo de botão de pânico. No caso da configuração padrão do gamepad, é o botão A, que, quando acionado, chama um amigo policial dos personagens e este manda uma bazucada ou uma metralhada que elimina todos os inimigos da tela. Curiosamente, não é possível chamá-lo na última fase, talvez para não danificar a tapeçaria do cenário, já que ele vem de carro. xD

Um coisa interessante era a escolha à qual os jogadores eram submetidos no fim do game. Antes de lutar, Mr. X tentava corrompê-los também, propondo que se juntassem ao sindicato. No caso de um único jogador, se este escolhesse “Sim”, era vítima de uma armadilha: caía em um alçapão e retornava à antepenúltima fase (a fábrica) tendo que rejogar as três últimas fases novamente. Um presentão para quem é facilmente corruptível. Se a escolha for “Não”, Mr. X enviava seus capangas e enfrentava pessoalmente o jogador. Sua derrota nesse caso levava ao final do jogo. Agora a parte interessante: com dois jogadores, cada um tinha direito a dar sua resposta. Se ambos dessem respostas diferentes, o impasse era resolvido no braço! Os jogadores lutavam entre si, com Mr. X rindo de felicidade ao fundo. Sagaz, não? Ao menos para a época era!

Versões e Sequências

No Japão, Streets of Rage é conhecido como Bare Knuckle. A principal versão do jogo é a do Mega Drive. No entanto, versões foram lançadas para os sistemas de 8 bits da época: Master System e Game Gear. A versão de Master System não possuía multiplayer, enquanto a de Game Gear tinha pouca qualidade gráfica e não contava com Adam, sendo apenas Axel e Blaze selecionáveis.

Em fevereiro de 2007, o jogo foi lançado para Wii, pelo serviço Virtual Console.

Em meados de 2009, um versão foi lançada para iPhone e iPod Touch. Mas nestes dois o jogo é lento e a jogabilidade pouco confortável.

Conclusão

Streets of Rage é diversão garantida. Um dos seus maiores baratos é jogar com um amigo e juntos espancar criminosos ao som dos belíssimos arranjos de Yuzo Koshiro. Sua jogabilidade já está ultrapassada e sofreu muitas melhorias em sua continuação, Streets of Rage 2. Mas ainda assim é legal o registro histórico de como os beat’n ups eram nas décadas passadas, sendo Streets of Rage um digno representante do gênero.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Final Fantasy XIII: fraude?

O lançamento de Final Fantasy XIII no Japão, ocorrido no finzinho de 2009, trouxe uma pá de polêmicas. Muitos jogadores e fãs da série têm criticado duramente vários aspectos do game, como sua linearidade, sua facilidade e sua falta de estratégia nos combates. Em meio a todas essas reclamações, o jogo ainda conseguiu tirar nota 39/40 na revista japonesa Famitsu. Mas como isso é possível?

Uma revista de Hong Kong alega ter a resposta: fraude. Em sua própria matéria, em que deu nota 4/10 ao game, a revista simplesmente escracha o jogo, elogiando apenas a parte gráfica e a sonora. Para ela, FFXIII mal pode ser considerado um RPG devido ao seu grosseiro sistema de exploração e combates.

Um dos problemas muito citados é a linearidade do título. Até o capítulo XI do jogo, após 20 ou 30 horas, só é possível ir e explorar locais que o jogo obriga. Não é possível fazer nem mesmo um backtracking, ou seja, explorar áreas anteriormente visitadas. Tudo bem que isso é algo comum em muitos RPGs orientais, mas as críticas exaltadas sugerem que o caso de FFXIII é grave e deixa o jogo frustrante.

Outro problema seria sua facilidade. Após cada combate, o HP dos membros do grupo simplesmente enche. Não há muito desafio em um jogo que fica de babá do jogador com atitudes como essa. O combate em si segue a tendência atual dos RPGs eletrônicos, com mais apertar de botões. Mas, ao que parece, é um apertar frenético e sem um pingo de estratégia. O que é realmente lamentável, pois quem joga um FF espera, no mínimo, um combate que honre as tradições da série.

Apesar de ter vendido em poucas semanas de seu lançamento mais de 2 milhões de cópias, Final Fantasy XIII é duramente criticado, no que a revista considera "a maior fraude da história dos jogos" e "a maior piada de 2009". Em março se dará o lançamento americano do game. Daí poderei jogá-lo, avaliá-lo e descobrir se concordo ou não com tudo isso que está sendo dito. Mas, pelo andar da carruagem, vou acabar me decepcionando mesmo...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

E finalmente... Avatar!

Finalmente consegui assistir Avatar! Foi complicado porque o filme anda tendo alta procura e temos um cinema a menos por aqui em Niterói, dado o incêndio que ocorreu recentemente no Plaza Shopping. A saída para mim e para muitos niteroienses que queriam assistir à obra em 3D foi os cinemas da cidade do Rio de Janeiro. As sessões lotavam logo e era necessário pagar mais caro e comprar com antecedência pela internet, senão o pobre nerd/espectador ficava a ver navios. Enfim, vamos à minha opinião. Não tem spoilers, fique sossegado!

Avatar é um filme de ficção científica escrito e dirigido por James Cameron. Trata-se do maior, mais caro e mais ambicioso projeto do diretor de Titanic. Todo o conceito do enredo e do universo já existia desde o começo da década de 90, mas Cameron foi sempre adiando o projeto a fim de esperar que a tecnologia necessária para filmá-lo da forma em que pretendia estivesse disponível. A espera foi recompensadora. O cineasta utilizou uma nova técnica de filmagem e animação computadorizada, criando cenários vívidos e ricos em cores e detalhes. Visualmente falando, Avatar é um deleite para os olhos sem igual. Toda a fauna e flora existente na lua/planetóide de Pandora respira de forma dinâmica e faz com que o espectador realmente creia em toda aquela fantasia. As tomadas aéreas das montanhas Aleluia, por exemplo, são belíssimas.

O enredo do filme não é nada de muito inovador, embora contenha bons toques de originalidade. Mostra um futuro em que a humanidade, decadente, busca recursos naturais em outros planetas a fim de compensar o esgotamento dos seus em seu planeta natal. Uma grande corporação está disposta a aniquilar uma população inteira do que eles classificam como "aborígenes", unicamente para poderem extrair um caríssimo mineral cuja maior fonte localiza-de justamente abaixo da vila onde estes seres habitam. São os Na'vi, exuberantes seres de aparência felina, maiores e mais fortes que seres humanos. Há um grupo de cientistas que os estuda e tenta pacificamente resolver o problema, tentando convencê-los a mudar sua vila de lugar para que estes não fiquem no caminhos destrutivo dos tratores da Companhia. Este grupo usa para isso avatares, que são corpos geneticamente construídos de Na'vi. Os cientistas os incorporam e passam a viver entre os nativos, ensinando seu idioma (inglês, óbvio!), seus costumes e pregando a convivência pacífica entre ambas as espécies. Mas a falta de resultados imediatos desta abordagem diplomática deixa a Companhia extremamente impaciente...

A história do filme evolui bem e não notei pontas soltas. Há clichés sim, bastantes. Mas hoje em dia é bem difícil fugir deles e até acredito que um dia o termo irá cair em desuso. Gostei também do vilão canastrão vivido por Stephen Lang. Um coronel durão, bem caricato, e difícil para caramba de matar! Gostei dos efeitos especiais das naves do humanos e, principalmente, dos trajes de combate. Me deu vontade de ter um!

O final do filme foi previsível, e um acontecimento no meio dele infelizmente já "canta a pedra". Mesmo assim foi algo belo e simbólico. A duração total foi de quase 3 horas, mas, sinceramente, passou tão rápido que nem notei. Foi um bom final, mas sem muitas surpresas. E pode haver sequência, especialmente se levarmos em conta a bilheteira que o filme atingiu mundialmente. O longa-metragem, após este último fim de semana, já soma nos EUA 352 milhões, batendo o recorde de arrecadação em uma terceira semana que era do primeiro Homem-Aranha, em 2002.

Sobre o aspecto 3D do filme, vou dar aqui minha sincera opinião. Não fez muita diferença. Claro, é legal notar uma folha caindo na sua frente ou uma arma sendo apontada praticamente na sua direção. No entanto, esses efeitozinhos aqui e acolá acabam ficando comuns demais e passam a já não empolgar tanto lá para o meio do filme. Já assisti alguns outros filmes em 3D e tive a mesma sensação. A tecnologia não é tudo que dizem por aí. É legal, interessante, mas não indispensável para se assistir ao filme. Portanto, sugiro que não deixe de conferi-lo, mesmo que não consiga ou não tenha acesso a uma sessão 3D. Corre o risco de perder um filmaço de bobeira!