segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

E finalmente... Avatar!

Finalmente consegui assistir Avatar! Foi complicado porque o filme anda tendo alta procura e temos um cinema a menos por aqui em Niterói, dado o incêndio que ocorreu recentemente no Plaza Shopping. A saída para mim e para muitos niteroienses que queriam assistir à obra em 3D foi os cinemas da cidade do Rio de Janeiro. As sessões lotavam logo e era necessário pagar mais caro e comprar com antecedência pela internet, senão o pobre nerd/espectador ficava a ver navios. Enfim, vamos à minha opinião. Não tem spoilers, fique sossegado!

Avatar é um filme de ficção científica escrito e dirigido por James Cameron. Trata-se do maior, mais caro e mais ambicioso projeto do diretor de Titanic. Todo o conceito do enredo e do universo já existia desde o começo da década de 90, mas Cameron foi sempre adiando o projeto a fim de esperar que a tecnologia necessária para filmá-lo da forma em que pretendia estivesse disponível. A espera foi recompensadora. O cineasta utilizou uma nova técnica de filmagem e animação computadorizada, criando cenários vívidos e ricos em cores e detalhes. Visualmente falando, Avatar é um deleite para os olhos sem igual. Toda a fauna e flora existente na lua/planetóide de Pandora respira de forma dinâmica e faz com que o espectador realmente creia em toda aquela fantasia. As tomadas aéreas das montanhas Aleluia, por exemplo, são belíssimas.

O enredo do filme não é nada de muito inovador, embora contenha bons toques de originalidade. Mostra um futuro em que a humanidade, decadente, busca recursos naturais em outros planetas a fim de compensar o esgotamento dos seus em seu planeta natal. Uma grande corporação está disposta a aniquilar uma população inteira do que eles classificam como "aborígenes", unicamente para poderem extrair um caríssimo mineral cuja maior fonte localiza-de justamente abaixo da vila onde estes seres habitam. São os Na'vi, exuberantes seres de aparência felina, maiores e mais fortes que seres humanos. Há um grupo de cientistas que os estuda e tenta pacificamente resolver o problema, tentando convencê-los a mudar sua vila de lugar para que estes não fiquem no caminhos destrutivo dos tratores da Companhia. Este grupo usa para isso avatares, que são corpos geneticamente construídos de Na'vi. Os cientistas os incorporam e passam a viver entre os nativos, ensinando seu idioma (inglês, óbvio!), seus costumes e pregando a convivência pacífica entre ambas as espécies. Mas a falta de resultados imediatos desta abordagem diplomática deixa a Companhia extremamente impaciente...

A história do filme evolui bem e não notei pontas soltas. Há clichés sim, bastantes. Mas hoje em dia é bem difícil fugir deles e até acredito que um dia o termo irá cair em desuso. Gostei também do vilão canastrão vivido por Stephen Lang. Um coronel durão, bem caricato, e difícil para caramba de matar! Gostei dos efeitos especiais das naves do humanos e, principalmente, dos trajes de combate. Me deu vontade de ter um!

O final do filme foi previsível, e um acontecimento no meio dele infelizmente já "canta a pedra". Mesmo assim foi algo belo e simbólico. A duração total foi de quase 3 horas, mas, sinceramente, passou tão rápido que nem notei. Foi um bom final, mas sem muitas surpresas. E pode haver sequência, especialmente se levarmos em conta a bilheteira que o filme atingiu mundialmente. O longa-metragem, após este último fim de semana, já soma nos EUA 352 milhões, batendo o recorde de arrecadação em uma terceira semana que era do primeiro Homem-Aranha, em 2002.

Sobre o aspecto 3D do filme, vou dar aqui minha sincera opinião. Não fez muita diferença. Claro, é legal notar uma folha caindo na sua frente ou uma arma sendo apontada praticamente na sua direção. No entanto, esses efeitozinhos aqui e acolá acabam ficando comuns demais e passam a já não empolgar tanto lá para o meio do filme. Já assisti alguns outros filmes em 3D e tive a mesma sensação. A tecnologia não é tudo que dizem por aí. É legal, interessante, mas não indispensável para se assistir ao filme. Portanto, sugiro que não deixe de conferi-lo, mesmo que não consiga ou não tenha acesso a uma sessão 3D. Corre o risco de perder um filmaço de bobeira!

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