quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Zona Retrogamer: Streets of Rage

Se tem uma série que pode representar muito bem o gênero beat’n up na geração 16 bits, esta série com certeza é Streets of Rage. Este tipo de game acabou se tornando raro após a era 32 bits, devido à transição da jogabilidade 2D para 3D, mas vem aos poucos voltando à moda com jogos lançados nas redes onlines dos consoles atuais, como a Xbox Live e a PSN. Trata-se de outro jogo marcante de minha infância do qual falarei a seguir.

História

Em uma cidade suburbana tipicamente americana, caos impera. O que outrora era um lugar pacífico e cheio de vida acabou tornando-se um antro controlado por uma organização secreta criminosa. Com governo e polícia corrompidos, poucos sobraram para defender a população das mãos desses marginais. Cientes disso, um grupo de agentes policiais junta-se para formar uma força-tarefa, objetivando limpar as ruas. Mas acabam tendo que se virar sozinhos, abandonando o departamento de polícia no qual trabalham, cujos oficiais de mais alto escalão demonstraram ter seu preço pago. Agora, cabe a Axel, Blaze e Adam unir-se contra o sindicato, empregando sua coragem e seus talentos com artes marciais na luta contra a fúria das ruas.

O Jogo

Streets of Rage é um jogo de luta, pertencente a um subgênero hoje conhecido como beat’n up. Tratam-se de jogos em que, para avançar, o jogador deve derrotar diversos inimigos que aparecem pela frente, empregando luta corporal e algumas armas, geralmente recolhidas durante as fases. Outros representantes famosos deste estilo incluem Final Fight, Double Dragon, Capitain Commando e Cadillacs and Dinosaurs, todos jogos marcantes nos fliperamas por aqui, mas especificamente nas décadas de 80/90.

O jogo começa com uma abertura bacana, com música de fundo composta por Yuzo Koshiro, grande artista e compositor de várias trilhas sonoras de games, como The Revenge of Shinobi, Sonic The Hedgehog e ActRaiser. Após a tela título, o jogador (ou jogadores) devem escolher seu personagem dentre três disponíveis. São eles:

Axel Stone: lutador de artes marciais. Equilibrado em força e velocidade, mas com a pior voadora, que na verdade é uma joelhada de curto alcance;

Blaze Fielding: lutadora de judô. Sua característica é ser ágil, com pouca força física mas boas manobras de arremesso.

Adam Hunter: boxeador. O mais forte dos três, mas também o mais lento. Mesmo assim costuma ser considerado o melhor lutador.

As oito fases que compõem Streets of Rage se passam em cenários como becos, ruas escuras, pontes, uma fábrica abandonada e até mesmo uma cobertura de luxo (irrealmente grande, diga-se de passagem). Elas progridem no famoso sidescrolling 2D com os inimigos aparecendo no cenário e confrontando os jogadores. São marginais, prostitutas, lutadores marciais e diversas outras figuras. Eles sempre aparecem de fora da tela e fazem aquele vai e vém irritante dos jogos deste tipo, retirando-se estrategicamente da tela e indo para aquele limbo onde o jogador não pode segui-lo. Falem a verdade, isso não era chato?

Cada fase possui um chefe, com exceção da penúltima, que é uma tradicional fase de elevador. Tais chefes são maiores em tamanho que os demais (eles devem tomar anabolizantes, sei lá) e mais difíceis de derrotar. Também são os únicos em que se é visível o medidor de vida. Temos um grandalhão que arremessa um bumerangue, outro com garras, outro que lembra o Rambo, um balofo que cospe fogo e uma dupla de clones da Blaze. Na última fase, tem-se um repeteco e todos esses chefes aparecem novamente. No fim, Mr. X, o chefão final do sindicato, que luta com uma metralhadora de gângster.

A jogabilidade consiste em bater nos adversários com socos, voadoras e arremessos. Todos os personagens têm um movimento de arremesso que joga os inimigos para trás do personagem do jogador, útil para despachá-los na fase do elevador. Também podem dar o que na minha época lá na rua era chamado de “pilão”: um arremesso por trás dos inimigos em que suas cabeças são lançadas contra o chão. O porquê desse nome de café em pó, não me perguntem! Por fim, outra característica de jogos da época era o que eu chamo de botão de pânico. No caso da configuração padrão do gamepad, é o botão A, que, quando acionado, chama um amigo policial dos personagens e este manda uma bazucada ou uma metralhada que elimina todos os inimigos da tela. Curiosamente, não é possível chamá-lo na última fase, talvez para não danificar a tapeçaria do cenário, já que ele vem de carro. xD

Um coisa interessante era a escolha à qual os jogadores eram submetidos no fim do game. Antes de lutar, Mr. X tentava corrompê-los também, propondo que se juntassem ao sindicato. No caso de um único jogador, se este escolhesse “Sim”, era vítima de uma armadilha: caía em um alçapão e retornava à antepenúltima fase (a fábrica) tendo que rejogar as três últimas fases novamente. Um presentão para quem é facilmente corruptível. Se a escolha for “Não”, Mr. X enviava seus capangas e enfrentava pessoalmente o jogador. Sua derrota nesse caso levava ao final do jogo. Agora a parte interessante: com dois jogadores, cada um tinha direito a dar sua resposta. Se ambos dessem respostas diferentes, o impasse era resolvido no braço! Os jogadores lutavam entre si, com Mr. X rindo de felicidade ao fundo. Sagaz, não? Ao menos para a época era!

Versões e Sequências

No Japão, Streets of Rage é conhecido como Bare Knuckle. A principal versão do jogo é a do Mega Drive. No entanto, versões foram lançadas para os sistemas de 8 bits da época: Master System e Game Gear. A versão de Master System não possuía multiplayer, enquanto a de Game Gear tinha pouca qualidade gráfica e não contava com Adam, sendo apenas Axel e Blaze selecionáveis.

Em fevereiro de 2007, o jogo foi lançado para Wii, pelo serviço Virtual Console.

Em meados de 2009, um versão foi lançada para iPhone e iPod Touch. Mas nestes dois o jogo é lento e a jogabilidade pouco confortável.

Conclusão

Streets of Rage é diversão garantida. Um dos seus maiores baratos é jogar com um amigo e juntos espancar criminosos ao som dos belíssimos arranjos de Yuzo Koshiro. Sua jogabilidade já está ultrapassada e sofreu muitas melhorias em sua continuação, Streets of Rage 2. Mas ainda assim é legal o registro histórico de como os beat’n ups eram nas décadas passadas, sendo Streets of Rage um digno representante do gênero.

10 comentários:

  1. Lembro me daqueles tempos em que eu não tinha cartuchos pois foi uma marra para meu pai me comprar aquele megadrive japones usado que eu tanto cobiçava na vitrine da antiga ProGames (locadora de games ) foi quando alugando esse cartucho na mesma que eu descobri o quanto eu me o quanto e jogo era phodastico! comecei o jogando no easy quando dei por mim de tanto que joguei ja estava o fechando no very hard (façanha que tento ate hoje repetir nos meu emuladores da vida mais não rola rsrs ) aquela epoca sim era muito gostosa não tinha muitos games e o pouco que tinha-mos fritava-mos ate o fim diversas vezes era demais show mesmo.

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  2. nem lembra cara; me dá maior saudade.

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  3. pow cara foda isso ae to tristao ake pq tudo evoluiu e hoje em dia eh tao bem feito nem tem mais graça

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  4. moises

    Se você conseguiu terminar SOR no Very Hard, tem meu respeito. Só consegui fazer isso no 2, que é o mais fácil de todos!

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  5. Quando eu tinha uns 10 anos achava mo facil jogar esses games antigos e tall ...
    dai o tempo passou, eu pensei que iam ficar mais facil ainda !!! Engano meuu God Of War no expert qualquer um salva mas streets of rage meu amigo ..
    E Sonic 2 é o proprio SATANAS em fomra de game ...
    rsrsrs

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  6. O som desse jogo é muito legal, ele transporta a gente para o passado. Uma vez 2 colegas estavam jogando e era em Inglês(estavam numa locadora de games), quando era para responder a pergunta do chefão, eles não sabiam inglês e com a resposta errada foram jogados de volta umas fazes atráz, ficaram doidos. Quando em fim conseguiram matar o chefão festejaram, se abraçaram, pularam tanto que bateram no pé da mesa, o cartucho travou. Acabou a festa, travou tudo. Queriam ver o "grande" final, jogaram de novo, pra ver se tinha algo mais, no fim nada além, ficaram com umas caras de b...a, gastaram dinheiro atoa.

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  7. TENHO ESSE JOGO AINDA!! No meu Mega-Drive III!!! ainda funciona e volta e meia eu jogo ele!! é legal.. já virei algumas vezes.. a última fase é numa mansão. só q é difícil :/ rsrsrsrss

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  8. Nossaa, que nostálgico, jogava isso no meu mega drive, pense na dificuldade pra passar de fase... hoje em dia o mega drive nem liga mais. :x

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  9. pouuutsss eu jogava muitoooo no meu mega drive

    flick tbm kkkkkkkkkkkkkkkk


    dei final no very hard

    eu era pekeninhu , puts muitaaaa sdd

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  10. Ahh as saudades.. que grande jogo vintage..
    Eu já na altura achava a Blaze muita boa :P
    e ainda hj o é

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